Identity area
Reference code
PT/ILCAE/NI/NESC
Title
Date(s)
- [1930]-1957-02-21 (Creation)
Level of description
Coleção ao nível da série
Extent and medium
40 recortes de jornal
papel
Context area
Name of creator
Archival history
Immediate source of acquisition or transfer
Content and structure area
Scope and content
Recortes de diversos jornais compilado pelo Grupo 53 de Escuteiros, anexo à Igreja de S. Paulo, em Lisboa.
Appraisal, destruction and scheduling
Conservação definitiva
Accruals
System of arrangement
Conditions of access and use area
Conditions governing access
Mediante autorização da ILCAE
Conditions governing reproduction
Mediante autorização da ILCAE
Language of material
- French
- English
- Portuguese
Script of material
- Latin
Language and script notes
impresso
Physical characteristics and technical requirements
Estado de conservação: bom
Finding aids
Allied materials area
Existence and location of originals
Existence and location of copies
Related units of description
Notes area
Note
Em 1911, surgia em Portugal o primeiro grupo de "boy-scouts", organizado segundo os princípios delineados por Lord Baden-Powell, o fundador do movimento escotista. Porque a adopção do estrangeirismo não agradou aos mentores do grupo, foi adoptada uma palavra já existente na língua portuguesa, com uma fonética e um significado muito semelhantes ao scout saxónico: escoteiro, (s.m.) pioneiro; aquele que viaja sem bagagem, gastando por escote; adj. leve; veloz.
Assim, em 1913 foi fundada a primeira associação escotista portuguesa, a A.E.P. - Escoteiros de Portugal, que, até hoje, mantém a grafia original.
Na década de 20, a Igreja Católica idealizou criar outra associação escotista, mas com carácter uniconfessional, destinada exclusivamente aos jovens que professavam a religião Católica Romana. Assim nasceu o "Corpo de Scouts Católicos Portugueses", mais tarde "Corpo Nacional de Scouts". Por desconhecimento da pronúncia inglesa, a expressão "scout" era pronunciada à maneira francesa: "secúte". E, embora com outro desfecho, a história repetiu-se – os responsáveis daquele movimento católico tentaram encontrar uma palavra portuguesa que soasse ao ouvido de uma maneira próxima de "secúte" e com um significado ajustável. Escolheram o "escuta", justificando que, para além da semelhança fonética, o "scout" era atento e observador e, por isso, se adequava ao significado da palavra. Apesar de ser um conceito muito redutor veio a vingar, dando origem ao "Corpo Nacional de Escutas".
Durante o regime anterior ao 25 de Abril de 1974, a AEP sobreviveu com grandes dificuldades, sendo considerada indesejável e apenas tolerada. Chegou mesmo a ser publicado um Decreto que extinguia a sua actividade nas chamadas "Províncias Ultramarinas". Entretanto, o CNE, sob os auspícios da Igreja, atingiu uma notável expansão e, felizmente, conseguiu manter acesa a chama escotista durante a longa noite da ditadura. Enquanto o "escotismo" definhava, o "escutismo" foi-se tornando cada vez mais conhecido dos portugueses.
No entanto, até meados do século, é mais frequente encontrar a grafia "escoteiro" em livros e jornais portugueses. Curiosamente, esta é uma das questões onde nunca houve consenso nos diversos acordos ortográficos. Os brasileiros sempre escreveram "escoteiro".
Esta diferenciação nunca foi objecto de polémica, até porque os escoteiros consideram-se irmãos entre si e os valores da fraternidade escotista estão muito acima de meros preciosismos etimológicos. Pelo contrário, os escoteiros até consideram vantajosa a existência das duas grafias, pois assim se torna muito mais fácil identificar a que associação pertence o adepto dos ideais de Baden-Powell.
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Description identifier
001
Institution identifier
PT/ILCAE