Zona de identificação
Código de referência
PT/ILCAE/CFIL
Título
Data(s)
- 1835-2019 (Produção)
Nível de descrição
Coleção ao nível da série
Dimensão e suporte
papel
digital
Zona do contexto
Nome do produtor
História administrativa
A IGREJA LUSITANA CATÓLICA APOSTÓLICA EVANGÉLICA surgiu na segunda metade do séc. XIX, fruto do ambiente religioso e social que então se vivia em Portugal.
A instituição do regime liberal e as novas ideias culturais e políticas que agitavam o mundo levaram - em Portugal como noutros países - a um clima de constante tensão entre muitos sectores da sociedade e a hierarquia da Igreja Católica Romana, que continuava presa a valores de outras épocas e tardava a adaptar-se aos novos tempos.
Na realidade, a hierarquia católica mostrava-se intolerante na defesa do absolutismo papal, tanto no domínio espiritual como no secular, situação que se agravou em 1870 com a definição dos dogmas da jurisdição universal e da infalibilidade do papa. Por outro lado, a desconfiança em relação à leitura da Bíblia pelos crentes, o ritualismo distante e pomposo da liturgia romana em latim e os excessos do marianismo popular suscitavam o afastamento da Igreja por parte de muitos cristãos mais esclarecidos.
Entretanto, ia chegando a Portugal a influência de outras correntes do cristianismo, ligadas à espiritualidade anglicana, à tradição protestante ou ao movimento "velho-católico", que se constituira em países como a Suíça ou a Holanda precisamente para tentar restaurar na Igreja Católica a simplicidade e a vivência élica dos primeiros séculos do cristianismo. Foi neste contexto que alguns sacerdotes e leigos se desligaram da Igreja Romana e formaram pequenas comunidades.
Desde 1876 que três congregações da área de Lisboa se reuniam em união evangélica, denominando-se como Igreja Episcopal Reformada em Portugal: Congregação de S. Paulo, sediada no Pátio das Duas Campaínhas, no segundo andar do prédio nº 123, à Rua Ocidental da Moeda, presidida por Cândido Joaquim de Sousa; Congregação de S. Marçal, na Rua das Amoreiras, nº 17-1º esquerdo, pastoreada pelo reverendo José Nunes Chaves; Congregação da Santíssima Trindade, em Rio de Mouro, Sintra, pelo ex-padre João Joaquim da Costa Almeida.
O movimento episcopal reformado teve o seu embrião na Igreja Evangélica Espanhola, à qual tinham aderido vários ex-padres católicos. A publicação, em 28 de Novembro de 1878, do decreto regulamentador do Registo Civil veio dar consistência à fundação oficial daquele movimento, a partir da Congregação de S. Paulo, liderada no seu início pelo ex-padre Manuel António Pereira Júnior, vindo a ligar-se à Spanish and Portuguese Church Aid Society.
Ainda em 1878, as três Congregações dirigem um memorando ao Sínodo Episcopal das Igrejas Anglicanas, solicitando a sua "Sympathia e apoio", bem como a sagração de um bispo para as igrejas episcopais peninsulares. Em 1879 assumem já a denominação de "Egreja Lusitana Catholica, Apostolica, Evangelica."
Em 1880 reuniram em Lisboa um Sínodo, sob a presidência do Bispo anglicano Riley, do México, expressamente convidado para o efeito, e aí se constituiu e regulamentou a IGREJA LUSITANA CATÓLICA APOSTÓLICA EVANGÉLICA.
FACTOS MAIS RELEVANTES:
1880 - Constituição da Igreja em Sínodo presidido pelo Bispo Anglicano do México, Dr. Henrique Riley, como resultado dum movimento de Padre Católico-Romanos e leigos, em contestação ao ultramontanismo do tempo e dogmas do Vaticano I.
1884 - Eleição do Primeiro Livro de Oração Comum baseado nas Liturgias Anglicana, Romana e Moçárabe.
1922 - Eleição do Bispo D. Joaquim Santos Figueiredo, que não chegou a ser sagrado.
1939 - Primeiro Congresso para afirmação da sua identidade eclesial na sociedade portuguesa.
1950 - Movimento de Revigoração da Igreja (MORI) que permitiu um amplo despertamento espiritual e litúrgico entre as comunidades. Início da edição do boletim Diocesano “O DESPERTAR”.
1951 - Integração das Igrejas Evangélicas de Vila Franca de Xira, Castanheira do Ribatejo e Vala do Carregado na Igreja Lusitana com os nomes, respectivamente, de Paróquia de S. Mateus, S. Tomé e S. João Baptista.
1952 - Integração da Igreja Evangélica de Salvaterra de Magos na Igreja Lusitana, com o nome de Paróquia de S. Marcos.
1954 - Segundo Congresso para discussão e esclarecimentos dos desafios enfrentados pela Igreja na segunda metade do século XX.
1958 - Sagração do primeiro Bispo, D. António Ferreira Fiandor, com a presença de Bispos Anglicanos do Brasil, dos Estados Unidos da América e da Irlanda.
1961 - Concordata de Plena Comunhão com a Igreja Episcopal dos Estados Unidos da América, nos termos da “Concordata de Bonn”.
1962 - Sagração do segundo Bispo D. Luís Rodrigues Pereira, com a presença de Bispos Anglicanos e de Bispos Velho-Católicos.
1963 - Concordata de Plena comunhão com as Igrejas Anglicanas da Irlanda e da Inglaterra.
1965 - Concordata de Plena Comunhão com os Bispos da União de Utreque (Comunhão Velho-Católica). Nos termos da “Concordata de Bonn”.
1967 - Sagração Episcopal do Presbítero da Igreja Lusitana, D. Daniel de Pina Cabral, para Bispo da diocese dos Libombos, Moçambique, integrada na Província Anglicana da África do Sul.
1971 - Participação da Igreja Lusitana na constituição do COPIC – Conselho Português de Igrejas Cristãs, como membro fundador.
1978 - Constituição da Comissão instaladora do Departamento da Juventude.
1979 - Início da edição do Boletim “O NOVO DESPERTAR” , em seguimento da publicação DESPERTAR cuja edição tinha terminado. Aprovação canónica pelo Sínodo Diocesano do Departamento da Juventude (DJIL).
1980 - Integração oficial na Comunhão Anglicana como Diocese Extra Provincial sob Autoridade Metropolitana do Senhor Arcebispo de Cantuária na sua qualidade de sinal visível de unidade daquela Comunhão. Terceiro Congresso para reformulação de algumas das suas perspectivas teológicas e litúrgicas. Sagração de terceiro Bispo, D. Fernando da Luz Soares, que continua como Bispo Diocesano.
1989 - Constituição do CLET (Centro Lusitano de Estudos Teológicos). Constituição da Associação das Escolas do Torne e do Prado (AETP), como uma Instituição Particular de Serviço Social (IPSS), na continuidade do trabalho centenário de ensino e social levado a cabo por aquelas Escolas que entretanto encerraram.
1991 - Aprovação pelo Sínodo Diocesano da revisão litúrgica que deu lugar ao atual Livro de Liturgia. Aprovação pelo Sínodo da ordenação de mulheres.
1992 - Participação da Igreja Lusitana no Primeiro Encontro Ecuménico realizado em Portugal entre representações oficiais da Igreja Católica Romana e do COPIC, encontros que têm continuado até ao presente.
1993 - Participação da Igreja Lusitana no Primeiro Encontro interconfessional realizado em Portugal entre representações oficiais da Igreja Católica Romana, do COPIC e da Aliança Evangélica Portuguesa, encontros que têm continuado até ao presente. Aprovação canónica pelo Sínodo Diocesano do Departamento das Mulheres (DMIL).
1995 - Primeira visita do Arcebispo de Cantuária à Igreja Lusitana.
1997 - Ordenações ao Diaconado das primeiras 3 mulheres na Igreja Lusitana.
2000 - Reunião dos Primazes da Comunhão Anglicana, no Porto, em Março. IV Congresso da Igreja Lusitana, em junho, com uma participação de mais de 100 pessoas.
2004 - Comemorações do 125º aniversário do Sínodo constitutivo da Igreja Lusitana, do 25º aniversário da Sagração Episcopal do Bispo Fernando Soares e do 25º aniversário da integração da Igreja na Comunhão Anglicana.
2008 - A Igreja Lusitana adquire o Estatuto de Igreja Radicada. Através do respetivo atestado de radicação, o Ministério da Justiça reconhece a história e a ação da Igreja, ao longo da sua existência. Este enquadramento permitiu: o reconhecimento dos efeitos civis dos casamentos que celebra, receber 0.5% do IRS dos contribuintes que a declarem como seu destinatário e a possibilidade de realizar acordos com o Estado Português em matérias de interesse comum.
Entidade detentora
História do arquivo
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Coleção de fotografias do arquivo fotográfico da Igreja Lusitana composta por fotografias da Igreja de Jesus (Lisboa), fotografias de D. António Ferreira Fiandor, galeria de ministros da Igreja Lusitana, fotografias do aniversário dos 115 anos da paróquia do Salvador do Mundo (Prado, Vila Nova de Gaia) e fotografias da sagração do Bispo D. Jorge de Pina Cabral.
Collection of photographs from the photographic archive of the Lusitana Church composed of photographs of the Church of Jesus (Lisbon), photographs of D. António Ferreira Fiandor, gallery of ministers of the Lusitana Church, photographs of the 115th anniversary of the parish of Salvador do Mundo (Prado, Vila Nova de Gaia) and photographs of the consecration of Bishop D. Jorge de Pina Cabral.
Avaliação, selecção e eliminação
Conservação definitiva
Ingressos adicionais
Sistema de organização
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Artigo 17.º e 20.º do Decreto-Lei n.º 16/93, de 23 de Janeiro, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 14/94, de 11 de maio, e Decreto-Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, que estabelece o Regime Geral dos Arquivos e do Património Arquivístico;
Artigo 71.º e 79.º do Código Civil;
Código dos Direitos de Autor e Direitos Conexos;
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
- português
Script do material
- latim
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de descrição
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
CFIL
Identificador da instituição
PT/ILCAE
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Final
Nível de detalhe
Mínimo
Datas de criação, revisão, eliminação
17.11.16 AV
rev. 26.05.2020 AV
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
Objeto digital metadados
Nome do ficheiro
Word_Art_5.png
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Longitude
Tipo de suporte
Imagem
Mime-type
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