Capela da Propagação Evangélica. 1839-1870

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Capela da Propagação Evangélica. 1839-1870

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Dates of existence

1839-1870

History

Se o protestantismo se difundira, na ilha da Madeira, na década de 40 e se, no continente, Gomez y Togar fundou, em 1839, a "Capela da Promulgação do Santo Evangelho de Jesus" (Lisboa), a tendência episcopal deste núcleo seria retomada, a partir de 1867, por Angel Herreros de Mora.
Este eclesiástico foi eleito primeiro bispo de uma Igreja reformada em Portugal (1874). Em consequência das decisões tomadas pela Igreja católica, no Concílio Vaticano I, uma dezena de sacerdotes abandonou esta corporação, como protesto contra os novos dogmas, e filiou-se na congregação de Angel Mora. Vários destes ex-padres contraíram matrimónio na Igreja Evangélica Reformada transformando-se também nos principais pastores dos núcleos evangélicos. Porém, alguns viram-se forçados a encontrar meios para a sua sustentação em actividades seculares. Em 1870, no templo de Mora, teve também lugar a abjuração do padre João Joaquim da Costa e Almeida. Os padres José Inácio Pinheiro e
Manuel Jerónimo Cordeiro, depois de passarem pela Igreja Evangélica Espanhola, retornaram ao catolicismo. Por seu lado, José Joaquim Rechoso entrou na comunidade de Mora, mas acabou por seguir a advocacia em Portalegre, enquanto José Nunes Chaves, após o ingresso na congregação presbiteriana de S. Paulo (Lisboa), seria um dos fundadores da Igreja Lusitana. Perante a rigidez da lei, alguns padres apóstatas adquiriram a nacionalidade espanhola (ex. António Ribeiro de Melo).

If Protestantism had spread on the island of Madeira in the 1940s and if, on the mainland, Gomez y Togar founded, in 1839, the "Chapel of the Promulgation of the Holy Gospel of Jesus" (Lisbon), the episcopal tendency of this nucleus would be resumed, from 1867, by Angel Herreros de Mora.
This ecclesiastical was elected the first bishop of a reformed Church in Portugal (1874). As a result of the decisions taken by the Catholic Church, at Vatican Council I, a dozen priests left this corporation, in protest against the new dogmas, and joined the Angel Mora congregation. Several of these ex-priests married in the Reformed Evangelical Church and also became the main pastors of the evangelical groups. However, some were forced to find ways to support themselves in secular activities. In 1870, in the temple of Mora, the abjuration of Father João Joaquim da Costa e Almeida also took place. Fathers José Inácio Pinheiro and
Manuel Jerónimo Cordeiro, after passing through the Spanish Evangelical Church, returned to Catholicism. For his part, José Joaquim Rechoso entered the community of Mora, but ended up following the law practice in Portalegre, while José Nunes Chaves, after joining the presbyterian congregation of S. Paulo (Lisbon), would be one of the founders of the Lusitana Church. In view of the rigidity of the law, some apostate priests acquired Spanish nationality (eg António Ribeiro de Melo).

Places

Lisboa

Legal status

Functions, occupations and activities

Atividade religiosa

Mandates/sources of authority

Regulamento Geral

Internal structures/genealogy

General context

A formação dos primeiros núcleos episcopalistas de Lisboa (comunidades de S. Paulo e de Jesus e congregação da SS. Trindade em Rio de Mouro, Sintra) ocorreu nos inícios da década de 70 do século XIX. Seriam, aliás, estes grupos que estariam na origem da Igreja Episcopal Reformada Portuguesa a qual beneficiou do apoio da Spanish and Portuguese Evangelization Society.
Entretanto, os ex-padres católicos e alguns leigos, liderados por Thomas Godfred Pope, procuraram unificar as congregações separadas de Roma e organizaram uma Igreja essencialmente católica e nacional. Nesse sentido, enviaram um memorial ao Sínodo Episcopal das Igrejas Anglicanas pedindo o seu apoio e reconhecimento. A Igreja Episcopal Reformada afirmava aceitar a comunhão anglicana, assim como a sua liturgia incluída no Book Common Prayer. O Sínodo manifestou interesse pela reforma portuguesa e ordenou ao bispo Henry Chauncey Riley da Igreja do México e ao futuro arcebispo de Dublin a visita à Península Ibérica e a prestação de auxílio aos cristãos reformados. Em 8 de Março de 1880, foi oficialmente constituída a Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica. No ato da sua criação foi aprovado um Regulamento Geral de XXXI Artigos, formou-se o Sínodo Diocesano, a Comissão Permanente Diocesana e o Sínodo Geral. Foram seus fundadores Pope (cónego irlandês e capelão da colónia britânica em Lisboa), os ex-padres católicos J. J. da Costa e Almeida e José Nunes Chaves, o evangelista Cândido Joaquim de Sousa e os leigos José Gregório Baudouin, Francisco Rodrigues Lobo e João G. de Araújo Veloso. Após a formação desta congregação, todos os os cristãos evangélicos foram convidados a aderir à Igreja Lusitana e a enviar os seus representantes ao Sínodo Diocesano. Por seu lado, a Igreja Evangélica Espanhola, liderada por Henrique Ribeiro Ferreira de Albuquerque, aderiu à nova agremiação religiosa levando consigo todos os seus fiéis e criando a comunidade de S. Pedro. No Norte, Diogo Casseis abandonou o metodismo e ingressou com a sua congregação do Torne (Gaia) na Igreja Lusitana.

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Occupations

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Authority record identifier

PT ILCAE CPEJ

Institution identifier

Rules and/or conventions used

ISAAR(CPF): Norma internacional de registos de autoridade arquivística para pessoas colectivas, pessoas singulares e famílias. 2.ª ed. Lisboa: IAN/TT, 2004.

Status

Draft

Level of detail

Minimal

Dates of creation, revision and deletion

12.06.15 (AV);
25.05.2020 AV

Language(s)

  • Portuguese

Script(s)

  • Latin

Sources

MOREIRA, Eduardo Henriques (1949). Esboço da História da Igreja Lusitana. Vila Nova de Gaia: Edição do Sínodo da Igreja Lusitana Católica Apostólica Evangélica.

PEIXOTO, Fernando (2001). Diogo Cassels. Uma vida em duas margens. Vila Nova de Gaia: Câmara Municipal de Gaia.

NETO, Vítor (2001). “A Igreja Lusitana Evangélica: génese e consolidação (1880-1991)” in Luís A. de Oliveira RAMOS, Jorge Martins RIBEIRO, Amélia POLÓNIA (coords.), Estudos em homenagem a João Francisco Marques, coord. . Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, v. 1, p. 185-197

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